terça-feira, 27 de novembro de 2012

Historia do Carnaval Rio


História do Carnaval do Rio

As raizes do Carnaval remontam a antigos romanos e os gregos que celebravam os ritos da primavera. Em toda a Europa, incluindo França, Espanha e Portugal, as pessoas anualmente davam graças em festas, usando máscaras e dançando nas ruas. Tais tradições foram levadas para o Novo Mundo.
Os portugueses foram os primeiros a trazer o conceito de "festa ou carnaval” ao Rio por volta de 1850. A prática de realizar bailes e festas à fantasia foi importada pela burguesia da cidade de Paris. No entanto, no Brasil, as tradições logo se tornaram diferentes. Com o tempo, elas adquiriram elementos únicos decorrentes dos africanos e culturas ameríndias.
Grupos de pessoas costumavam desfilar pelas ruas tocando música e dançando. Era normal que os aristocratas durante o Carnaval se vestissem como pessoas comuns, os homens vestidos de mulheres, e os pobres vestirem-se como príncipes e princesas - papéis sociais e diferenças de classe eram esquecidos, uma vez por ano, mas somente para a duração do festival.
O Povo costumava tumultuar o Carnaval, até que o mesmo foi aceito pelo governo como uma expressão da cultura. Os escravos negros se tornaram ativamente envolvidos nas comemorações. Eles foram capazes de ser livres por três dias. Hoje em dia as favelas (majoritariamente comunidades negras ainda são a maioria dos grupos envolvidos em todos os preparativos do carnaval e são aquelas para os quais o Carnaval do Rio tem mais significado).
Por volta do  final do século XVIII as festividades foram enriquecidas por competições. As pessoas não apenas se vestiam com fantasias, mas também realizavam um desfile acompanhados por uma orquestra de cordas, tambores e outros instrumentos. Estas competições tornaram-se cada vez mais organizadas, tornando-se as principais atrações do Carnaval no Rio de Janeiro.
Historia de Carnaval
Até o início do século XX o carnaval de rua no Rio de Janeiro era musicalmente um tema muito euro-centrado - Polkas, valsas, mazurcas e 'escocês'. Enquanto isso, a classe operária emergente (composta principalmente de afro-brasileiros, juntamente com alguns ciganos, judeus russos, poloneses, etc.) desenvolveram a sua própria música e ritmo. Essas pessoas viviam principalmente na parte central do Rio, em uma terra que os ricos não queriam - sobre as colinas e pântanos atrás dos estaleiros - uma área que veio a ser conhecida como "Pequena África", agora reconhecida como o berço do samba.
Os desfiles foram interrompidos durante a II Guerra Mundial e começaram de novo em 1947. Até então, a principal competição teve lugar no centro, na  Avenida Rio Branco.
O Carnaval teve um longo caminho desde que foi trazido para o Rio, tendo se tornado um dos maiores eventos do mundo. Um dos mais recentes desenvolvimentos importantes foi que o maior desfile de samba do mundo foi levado para uma área especialmente construída para este fim, o Sambódromo!
Carnival in Rio de JaneiroTenha a experiência de uma vida!
Veja, respire, sinta e viva conosco o Carnaval

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Vote no salgueiro!!!!

http://www.carnavalesco.com.br/detal_carnavalesco.php?car_id=4084
vote na nossa escola por favor??
vamos divulgar faltam 80 votos para o 2° lugar
Agradeço desde já

Botando o bloco na rua !!!


BOTANDO O BLOCO NA RUA
- Ô abram alas que eu quero passar...
Linhares de Araújo

Foi no Carnaval de mil novecentos e cinqüenta, em Caxias.
Como em anos anteriores, o Sr. Miguel Fala Fina ia botar na rua o Bloco das Moças, que os despeitados taxavam de “Das Imaculadas”. Era já uma tradição na cidade.
Logo no primeiro ensaio, seu Miguel dispensou, por “semodagem”, a afim Maria Martins que nem bem moça era ainda. Nutrita, bontinha e bem apanhada de conteúdo físico, porém “falada” como ela só! Fizemos de tudo e nada. Era imposição da tradicional família caxiense. Como uma norma pétrea, era irremovível. Nem o Sr. Bispo mexeria um dedo...
Quando da formação das alas do Bloco, Maria ainda tentou na das Baianas; mas não por falta da experiência das idosas era por nome sujo mesmo no burgo castiço e besta.
E Maria desistiu? Nem “seu  Sousa...” Com uma colega, à deriva também na mesma canoa, se encheram de coragem e, como em via-sacra, saíram a bater de porta em porta das Boates, rogando serem aceitas no Bloco delas: Bagdá, Casa Amarela, Calçada Alta, Duquesa e Madrid, onde foram aceitas e logo mandadas para os ensaios. Bondade de dona Diraci que via as coisas muito à frente...
Pelo seu ar jovem, boniteza, graça e desenvoltura, Maria foi até cogitada em ser a Porta-Bandeira do Bloco AS CIGANAS DO AMOR, por deboche, chamado AS VIOLADAS e, caso se comportasse direito, ela seria a Rainha do Carnaval daquele ano.
O Carnaval, enfim... Enquanto o Bloco das IMACULADAS se exibia nos exornados Corsos, de rodouro, orquestra e fantasias de alto luxo importados – sabe-lá de onde? As VIOLADAS, dispensadas as ofertas dos carros abertos, só de colombina, fantasias simples bem compostas, desfilavam no chão, no paralelepípedo, sob o som inebriado dos velhos carnavais executados por um conjunto da terra – da Tininha, Sanfoneira de truz. A Comissão de Frente guiada por um jovem jeitoso do Pé-da-Ladeira, o Valderez Silva; a Bateria da Rua da Mangueira dirigida pelo Zé Pretinho, goleiro da Palmeira, time campeão do ano passado; a ala das Baianas orientadas pela veterana Maria Pouquinho, e fechando o desfile o unido corpo de todas as Madames dos Cabarés de Caxias. Foram aplaudidas de pé ao passarem na Praça Gonçalves Dias, frente ao Palanque das Autoridades e da Comissão Julgadora. “Foi apoteótico o Carnaval dessas moças”, de boca cheia falou o Pe. Delfino, de passagem pela praça, indo para a Igreja da Matriz.
Quarta-feira de Cinzas, ao voltar da Missa, dita pelo mesmo Pe. Delfino, com cinzas na testa e confetes perdidos nos cabelos, recendendo colombina, Maria Martins foi apanhada e levada para a praça Gonçalves Dias e coroada Rainha do Carnaval de 1950. E, “meninos eu vi”: Maria se riu e chorou, depois corou e tornou a se rir, qual a virgem do Poeta da Raça. Delirante, de arrupiar...
Na dispersão, dançando juntas e misturadas, moças de família, putas, com elas o povão eufórico, doidão e aos gritos: CAXIAS É ISTO!

Carnaval de blocos de rua


“Ó abre alas que eu quero passar. Ó abre alas que eu quero passar.” ♫

Olá caros leitores, nessa matéria pretendo trazer um pouco da história dos carnavais de rua, especificamente blocos de embalo, sujo e das piranhas, e exemplos desse tipo de comemoração pelo Brasil. O que seriam esses carnavais?São aquelas festividades formadas, em sua maioria, por grupos populares que se reúnem com o único intuito de se divertir e saem pelas ruas da cidade fantasiados ou vestidos informalmente, normalmente acompanhado por uma banda também de chão ou em um veiculo de pequeno porte.



O carnaval brasileiro teve origem no entrudo português (uma festa onde participavam tantos os escravos quanto às famílias brancas e que era característico pelos banhos de água suja, mais tarde substituídas pelos limões de cheiro. Sofreu forte influência das mascaradas italianas e a aquisição de elementos africanos). De origens européias, também surgiram as batalhas de flores, os desfiles em carros alegóricos e personagens como a colombina, o pierrô e o Rei Momo. 

O primeiro baile de máscaras do Brasil foi realizado no Rio de Janeiro pelo Hotel Itália. Foi nesse estado que também surgiu a primeira marchinha de carnaval, "Ó abre alas", composta por Chiquinha Gonzaga para o cordão Rosa de Ouro. 

Os grupos do carnaval ou Pequeno Carnaval eram classificados em: ranchos (considerados como mais sociáveis), blocos ou cordões (o carnaval descontrolado). Existem 5 tipos de blocos de carnaval: bloco afro (utilizam em sua indumentária, ritmo e letra aspectos das culturas africanas), blocos de enredo (idênticos as escolas de samba, porém com um samba enredo mais curto), blocos de embalo (não são de enredo e nem se identifiquem com outra manifestação carnavalesca pré-existente), bloco de sujo (são os mais comuns nos carnavais pelo Brasil, caracterizam-se pelo improviso e desorganização ao som de marchinhas carnavalescas e sambas-enredo) e , por fim, bloco das piranhas (blocos carnavalescos formados por homens que se vestem com roupas de mulher).

Alguns exemplos desses blocos pelo Brasil e que sempre arrastam multidões são:

:arrow: Rio de Janeiro:
Embora seja característico pelos desfiles das escolas de samba, o Rio de Janeiro possui muitos blocos de rua e de salão. Aqui será destacado o Bloco Cordão da Bola Preta, que além de ser um dos mais tradicionais do estado (fundado em 1918), esse ano bateu recorde de público, arrastando cerca de 2,5 milhões de foliões. O desfile aconteceu no sábado (18), homenageou o centenário do ator e compositor Mário Lago, com quase todas as pessoas fantasiadas com roupas brancas de bolinhas pretas, e sua trilha sonora foi composta por marchinhas e sambas-enredos.



:arrow: Pernambuco:
Recife e Olinda são cidades características pelo carnaval de rua com seus bonecos gigantes, frevos, maracatus, entre outros. Será destacado o tradicional Bloco do Galo da Madrugada que é considerado o maior bloco de carnaval do mundo. O Galo da Madrugada, que saiu no sábado (18), arrastou mais de dois milhões de pessoas pelas ruas de Recife e em seu 35º desfile homenageou o centenário de Luiz Gonzaga com o tema: "Galo, Frevo e Folião: Homenagem ao Rei do Baião". O desfile desse ano homenageou, ainda, os 80 anos do boneco gigante mais famoso de Olinda, O Homem da Meia-Noite.



:arrow: Salvador:
Em Salvador, o que predomina são os trios elétricos, mas também é possível destacar os blocos de rua como o Ileyaê e do Afoxé Filhos de Gandhy, sendo este o nosso objeto de destaque. O mais tradicional afoxé do carnaval de Salvador, Filhos de Gandhy, fundado por estivadores portuários em 1949, tingiu de branco o Circuito Osmar no domingo (19). Formado exclusivamente por homens e inspirado nos princípios de não violência e paz de Mahatma Gandhi, o bloco traz a tradição da religião africana ritmada pelo agogô nos seus cânticos de ijexá na língua Iorubá, a 'fantasia' é constituida de turbante, toalhas brancas e lenções simbolizando as roupas indianas, perfume de alfazema e colares azul e branco (oferecidos como forma de desejar paz durante o carnaval e ao longo do ano). Este ano o bloco trouxe o lema da luta contra a violência contra a mulher. 



:arrow: Minas Gerais:
Hoje em dia o carnaval de Ouro Preto é um dos mais procurados, atraindo turistas de várias regiões, principalmente estudantes. Dentre os seus blocos, vamos falar de um com mais de 140 anos de tradição, o Bloco Zé Pereira dos Lacaios que saiu no domingo (19), formado por cerca de 50 membros, filiação quase hereditária, e começa o desfile com um grupo de crianças e adultos vestidos de capetinhas (os cariás). Também trás bonecos gigantes, sendo os mais tradicionais o Zé Pereira, uma Baiana e um "Catitão". O nome e símbolo do clube vêm grafados no estandarte amarelo e preto, seguidos por tocadores de tarol, caixa, surdo e bumbo, acompanhados pelos sopros, sem vocais. 



:arrow: Florianópolis:
Florianópolis oferece diversas opções para se curtir o carnaval, tais como: escolas de sambas, carnavais de salões e blocos de carnaval de rua. Entre eles, o mais famoso é o Desfile do Bloco dos Sujos, em que os homens se vestem de mulher. O bloco ganhou as ruas no sábado (18) e arrastou cerca de 90 mil pessoas. Além do pessoal que vai por conta própria, alguns blocos se organizam para desfilar no Bloco dos Sujos. 



Com essa mistura de costumes e tradições, o carnaval brasile
iro é uma das maiores manifestações populares, englobando todas as classes sociais com sua diversidade cultural e atraindo milhares de turistas para o país.